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Projeto do Instituto Cabruca contribui para reflorestamento na Mata Atlântica

11 de junho de 2013

Projeto do Instituto Cabruca contribui para reflorestamento na Mata Atlântica

Com o objetivo de coletar sementes de espécies da Mata Atlântica, que poderão ser utilizadas na produção de mudas nativas para recuperação de áreas degradadas, produção madeireira e não-madeireira, o Instituto Cabruca (IC), através do Programa Terra Verde, iniciou este ano a 2˚ etapa de marcação de árvores matrizes no Assentamento Terra Vista. Estas árvores, denominadas de árvores matrizes, são aquelas que comparadas com as outras da mesma espécie, apresentam características superiores.

A ação está sendo coordenada por Natalia Galati, Engenheira Florestal do Instituto Cabruca, juntamente com uma equipe formada por assentados, responsáveis pelo viveiro Terra Vista, estagiários, estudantes do Colégio Milton Santos e técnicos em Agroecologia.

O Assentamento Terra Vista conta com mais de 300 hectares de mata nativa em estágio avançado de sucessão, onde foram encontradas as árvores matrizes. Através desse estudo pretende-se gerar um mapa com a localização de cada árvore que serão fornecedoras de sementes para produção de mudas. Essas sementes vêm se destacando como um importante recurso não-madeireiro presente nos sistemas agroflorestais cacau cabruca, pois além de evitar o corte da árvore pode agregar renda às famílias de agricultores através da venda das sementes ou da própria produção de mudas.

O estudo também permitirá o aprofundamento do conhecimento sobre as espécies florestais endêmicas do Sul da Bahia, suas utilidades, propriedades medicinais, potencialidades artesanais, produção de resinas, óleos e resgate do conhecimento tradicional local, mantendo também a variabilidade genética das sementes coletadas.

Na fase inicial desta ação pretende-se obter mais de 500 matrizes marcadas de 89 espécies da Mata Atlântica. Cada árvore será identificada em campo com placas de metal e prego de alumínio. Um banco de informações registrará altura da árvore, DAP (diâmetro à altura do peito), identificação botânica, presença de folhas, flores e frutos e localização geográfica.

Para a execução das atividades, o grupo está utilizando o livro -“Calendário Fenológico: uma ferramenta para auxiliar no cultivo de espécies arbóreas nativas da Floresta Atlântica do Sul da Bahia” desenvolvido com o apoio do Instituto Cabruca. O Guia, que visa auxiliar na identificação de espécies de árvores frequentes na Mata Atlântica da Região Sul da Bahia, contêm informações e ilustrações do período reprodutivo de espécies nativas, períodos de floração e frutificação, podendo também ser utilizado em programas de reflorestamento e de silvicultura.